Homeopatia, o tratamento perfeito para sua saúde

Hahnemann, o pai da Homeopátia

Christian Friedrich Samuel Hahnemann

Nasceu em 1755, na cidade de Meissen na Alemanha, internacionalmente conhecida pela produção de porcelanas (porcelana de Meissen). É uma cidade de aproximadamente 35 000 habitantes perto de Dresden, às margens do rio Elba.

g3

g1

g2

O pai de Samuel Hahnemann foi muito importante em sua vida. Foi um pintor de porcelana e conhecia também por mérito próprio pintura em tela.

g5

g4

 

Seu Pai era um profundo observador da vida e conhecedor da verdadeira nobreza. Sempre aconselhava a Samuel para não ser orgulhoso e viver na simplicidade. Samuel confessou que a vida e atitudes do Pai foram o grande exemplo de sua vida e não o que ele falava.

Em 1784, nas suas andanças e mudanças, com a família que formou, Hahnemann esteve num período conturbado em Dresden onde se encontrou com Lavoisier, o grande e inovador químico. Ele obteve permissão para assistir palestras de Lavoisier que colocavam fogo na ciência. Seu livro, Notas sobre o flogisto – teoria da incineração e da calcificação estava bombando. O desmoronamento da teoria de G. E. Stahl sobre o elemento flogisto estava consumado, pois as indagações sobre esta teoria principalmente levantadas por Lavoisier após experiências, concluiu que o flogisto não era uma substância em si, mais uma essência que fluía de elemento para elemento. Após anos de estudos, Lavoisier derrubou definitivamente a teoria do flogisto, ele conciliou a descoberta acidental do oxigênio feito por Joseph Priestley com seus estudos, chegando à conclusão de que o elemento participante da combustão estava no componente da atmosfera (o ar em si) juntamente com o material, e não em uma essência que todos os materiais continham – elemento batizado de oxigênio. Essas e outra de Lavoisier impressionaram Hahnemann.

Hahnemann parte para Leipzig, em 1789, onde ele decide não mais exercer a Medicina tal como lhe ensinaram. Para assegurar sua subsistência ele torna-se tradutor cientifico. Nessa ocasião ele refugia-se no estudo de autores antigos: Hipócrates, Paracelso ,Helmont, Stahl e Haller. Além de Lavoisier ele foi contemporâneo de Beethoven e Goethe

Com 1789 ele não aguentava mais esperar para tratar os doentes, sentia-se deprimido. Logo depois, numa das traduções que fazia não concordou com as propriedades da Quinina (substância natural retirada da casca da planta medicinal Cinchona calisaya ou Quina-amarela, utilizada para complementar o tratamento da malária, eliminando o vírus da doença). Nesse momento decide experimentar a ação desta substância nele mesmo e logo os sintomas de um estado febril intermitente idêntico ao das febres que são curadas por essa mesma substância aparecem . Faz experiências com o Mercúrio, a Belladona – constatando a antiga lei da semelhança.

Em 1796 ele cria a Homeopatia. Em 1810, publicou: “O Organon da Arte de Curar”. Nessa época José Bonifácio de Andrada e Silva (o Patriarca da Independência do Brasil) conheceu a teoria homeopática através de cartas que trocou com Samuel Hahnemann. José Bonifácio era um grande naturalista e desenvolvia a arte da mineralogia. Hahnemann apresentou-lhe a Homeopatia, divulgando sua ciência para o mundo todo.

Hahneman foi professor da Universidade de Leipzig, onde suas aulas lotavam as salas, provocando revolta e hostilidade.  Mudou de cidade, onde lançou mais tarde o “Tratado das Doenças Crônicas”, sua obra mais contestada. E tratou doentes vindos de toda Europa, mas perdeu a esposa e filhas. Em 1835 casou-se com Marie-Melanie D’Hervilly que o levou para Paris, onde obtém um grande sucesso. E foi um impulso grande para a Homeopatia. Em 1843 com a idade de 88 anos, Hahneman morreu em Paris.

Em 1840, Benoit Jules Mure que trabalhou com Hahnemann, mais conhecido com Bento Mure, veio ao Brasil onde clinicou e difundiu a Homeopatia. O ensino da Homeopatia começou em 1918 com um decreto que reconhecia o Instituto Hahnemanniano do Brasil, como uma entidade de utilidade pública. Em 1952 foi tornado obrigatório o ensino da Farmacotécnica Homeopática em todas as faculdades de farmácia do Brasil. Mas o desenvolvimento mesmo foi a partir de 1942. E nos anos 60 graças ao trabalho do Dr. David Castro, a Homeopatia recomeçou a se desenvolver seriamente.

Em 1980, reuniram-se à Rua Olavo Egídio, 379, no bairro de Santana, em São Paulo entre outros, os médicos A. A. Rezende Filho, A. Brickimann, David Castro, George W. Galvão Nogueira e ainda com a presença de homeopatas, com a finalidade de inaugurarem a Farmácia Homeopática “Bento Mure”, um sonho antigo de David Castro que se realizava, sendo esta a sua última colaboração à homeopatia ao lado do Dr. Galvão, pois faleceria logo em seguida. Você pode visitar a Farmácia Bento Mure que ainda funciona na Olavo Egídio (altíssima qualidade) –  em Santana, zona norte da cidade de São Paulo.

g7

Organon, de Hahnemann – trechos

O Organon de Hahnemann é a mais elevada concepção da filosofia médica, cuja interpretação prática fará brotar uma fonte imensa de luz que guiará o médico por meio da lei da Cura a um novo mundo em terapêutica. William Boericke

g6

Resta ver se os médicos, que pretendem agir honestamente para com a sua consciência e o seu semelhante, vão apegar-se à teia perniciosa de conjecturas e caprichos ou abrirão os olhos à verdade salutar. Devo advertir o leitor de que indolência, apego ao conforto e obstinação excluem do altar da verdade o serviço eficiente e somente isenção de preconceitos e zelo incansável qualificam para o mais sagrado de todos os misteres humanos – a prática do verdadeiro sistema médico. O médico que nesse espírito inicia seu trabalho assimila-se diretamente ao divino Criador, cuja criatura humana ajuda a preservar e cuja aprovação o torna três vezes bendito. Os médicos são meus irmãos – nada tenho pessoalmente contra eles – e a arte médica é o meu objetivo. Cabe-me indagar se a medicina, como até aqui ensinada, procedeu das ideias, ilusões e fantasias de seus professores ou derivou da natureza. Se meramente o produto de sutilezas especulativas, máximas arbitrárias, práticas tradicionais e deduções caprichosas, ela é e permanece uma nulidade, conte com milhares de anos e ostente condecorações de todos os reis e imperadores da terra.

A verdadeira arte de curar é, por natureza, pura ciência experimental. Pode e deve repousar em fatos claros e fenômenos perceptíveis, pertencentes à sua esfera de ação, pois todos os elementos de que trata são clara e satisfatoriamente cognoscíveis pelos sentidos, através da experiência. O conhecimento da doença a tratar, o conhecimento dos efeitos dos medicamentos, como empregar esses efeitos, verificados, das drogas, na remoção das doenças – tudo isso só a experiência adequadamente ensina. Seus elementos só podem derivar de experiências e observações puras. Ela não ousa dar um simples passo fora da esfera de experiências e experimentos puros e bem observados, evitando tornar-se uma nulidade, uma farsa.

A escola antiga tinha as matérias alteradas pela enfermidade como a causadora de doenças, tanto as que causavam inchaço, como as substâncias anormais que se segregam, pelo menos por sua suposta reação como mantenedor de doença e o faz até hoje. Fundada nesta crença, operava todos os esforços possíveis para expulsar do corpo enfermo, o que se supunha serem as causas materiais; imaginava–se assim que se produziria cura segura, agindo sobre as causas.

Pressupondo, como não podemos duvidar, que nenhuma das doenças – se estas não foram produzidas por substâncias totalmente indigeríveis ou de outro modo muito nocivas, que chegaram aos primeiros caminhos ou em outras aberturas e cavidades do corpo, por corpos estranhos que penetravam na pele etc. – que em suma, nenhuma doença tem por base uma substância material, mas que cada uma delas é apenas e sempre uma perturbação dinâmica especial e virtual do estado geral; como não deve parecer fora de propósito aos olhos de qualquer homem sensato

Se a doença tiver sido contraída recentemente, ou no caso de uma afecção crônica, há algum tempo atrás, por alguma causa evidente, então o paciente – ou pelo menos os seus amigos e parentes interrogados em segredo, mencioná-la-ão espontaneamente por impulso próprio, ou após cuidadoso interrogatório. Quaisquer causas de caráter desagradável, que o paciente ou seus parentes não queiram confessar, pelo menos voluntariamente, o médico deve procurar deduzir guiando sabiamente suas perguntas, ou tomando informações particularmente. Durante o exame do estado de males crônicos, as circunstâncias peculiares do paciente, quanto a suas ocupações habituais, seu modo de vida, sua dieta, sua situação doméstica etc., devem ser considerados e examinados, a fim de se saber o que há neles que possa tender a produzir ou manter o mal, para que se possa promover o seu restabelecimento

Em nenhum caso sob tratamento é necessário e, portanto, permissível administrar a um paciente mais de uma única e simples substância medicinal de uma vez. É inconcebível possa existir a menor dúvida quanto ao que é mais de acordo com a natureza e mais racional, prescrever um único, simples medicamento bem conhecido (*) de cada vez em uma doença, ou a mistura de diversas drogas. Não é absolutamente permissível em Homeopatia, a única verdadeira, simples e natural arte de curar, dar ao paciente duas substâncias medicinais diferentes de uma vez…

A fim de obter da melhor maneira esse desenvolvimento da potência, uma pequena parte da substância a ser dinamizada, por exemplo, um grão é triturado durante três horas com três vezes cem grãos de açúcar de leite, de acordo com o método descrito até à milionésima parte em forma pulverizada. Por motivos que damos abaixo, um grão desse pó é dissolvido em 500 gotas de uma mistura de uma parte de álcool para quatro de água destilada, da qual se põe uma única gota em um frasco. A isto acrescentam-se 100 gotas de álcool bom, sacudindo-se 100 vezes o frasco, arrolhado, com a mão contra um corpo duro, porém elástico. Este é o medicamento no primeiro grau de dinamização. Colocando-se em um segundo frasco (com uma gota de água a fim de dissolvê-lo) e então com 100 gotas de álcool de boa qualidade e dinamizado da mesma forma com 100 sucessões violentas. Com esse líquido medicinal alcoólico os glóbulos são novamente umedecidos, espalhados sobre papel de filtro e secos rapidamente, postos em frasco bem fechado e protegido do calor e da luz solar, recebendo o sinal (II) da segunda potência…

As instruções que tenho a dar com relação à cura das doenças da alma e da mente limitam-se a pouquíssimos comentários, visto serem curáveis da mesma maneira que todas as outras moléstias, isto é, por um remédio que demonstre, pelos sintomas que causa no corpo e na alma de um indivíduo são, um poder de produzir um estado mórbido tão semelhante quanto possível ao caso de doença com que nos deparamos, sendo que não podem ser curadas de outra maneira. Quase todas as chamadas doenças da alma e da mente nada mais são que males físicos, em que o sintoma de perturbação da alma e da mente peculiar a cada uma delas aumenta, ao passo que os sintomas físicos declinam (com maior ou menor rapidez), até que, por fim, atinge sua maior parcialidade, quase como se fosse um mal local no sutil órgão invisível da mente ou da alma.

A Homeopatia funciona muito bem e o médico deve verificar o paciente holisticamente, deixando a pessoa falar e se expor à vontade, para que possa entendê-la e analisar o seu estado visando chegar ao remédio de fundo. A medicação é indicada sob medida para determinado indivíduo, bastando considerar seu temperamento e seus hábitos chegará ao remédio de fundo – simillimum. Esse remédio acompanhará sempre o paciente, sendo administrado sempre sob orientação médica especializada. Não deveriam advir outros males, pois o remédio de fundo seria a solução definitiva para os problemas. O problema é encontrar o profissional homeopático que sabiamente chegará ao seu remédio. Incrível que ao descobrir seu remédio você poderá pesquisar e caminhar pelo autoconhecimento, pois todas as dicas para se conhecer interiormente ali foram dadas. Claro que para casos em que algo ou experiência forte de vida ficou como um nódulo na pessoa o auxílio de Psicólogo seria excelente.

Hahnemann: Libertar o homem dos sintomas escravizantes, para que possa atingir aos mais altos fins de sua existência.

Abrindo caminho para o equilíbrio do ser, em autoconhecimento constante, a fim de libertar a essência, que brilha sem cessar dentro de nós. Se alguém disser que tratamento homeopático demora, desconsidere – ele não sabe de nada. E o tratamento homeopático é muito mais em conta frente aos tratamentos tradicionais.

Exemplo das características de uma pessoa que poderia utilizar o Ignatia amara:

  • perda por morte;
  • separação afetiva
  • desejo de satisfazer a vontade alheia
  • idealista
  • humor variável
  • medo de pássaros
  • dormência nas pernas
  • intolerância ao tabaco, etc.