A essencia como o verdadeiro ser

Observar a natureza, aquela flor nos seus detalhes, faz bem para nós. Interessante vermos que aquela flor tão bonita nasceu, cresceu e quantas vezes deixamos de reparar nela, aproveitar um momento intenso de percepção da beleza.

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E ligar com a beleza interior de nosso ser mais profundo e verdadeiro, nossa essência. Não perder esses momentos de contemplação, em que o silêncio verdadeiro toma conta de nós.

Tempo de lembrar da essência de nosso ser, como sempre o faz A H Almaas:

” A essência em nós é a própria vida. A essência é a vida compactada, condensada, concentrada e completamente pura… A essência não está viva, ela é a vida – não está consciente, é a consciência – não tem qualidade de existência, é a existência – ela não ama, ela é o amor – não está alegre, é a alegria – não é verdadeira, é a verdade… Essa maravilha não existe somente para histórias ou poesia. Não é apenas um sonho. Não existe para nos passar lampejos da sua magnificência, ou rapidamente nos fazer sentir seu significado. É verdadeiramente a nossa essência humana. É o que somos: nosso ser… Devemos ser está essência, existir e viver como ela. É a nossa essência que pode e deveria ser inseparável de nós. O trabalho objetiva a erradicação da nossa separação da essência. Ser livre é simplesmente ser. E ser é simplesmente viver como essência.


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Geave Peace a chance – 4

No post anterior no artigo replicado da Yoko Ono ela disse algo muito interessante no caminho para a Paz, único caminho possível – que cada um alcance a Paz interior e a partir dessa vivência irradiá-la para a humanidade: Acredito no poder de Deus que está em nós. Devemos ser um oásis para as pessoas que tem sede espiritual.

Podemos pensar que é muito difícil ocorrer a Paz seguindo essas pegadas, mas muito pelo contrário, se dermos os primeiros passos nessa busca já estaremos contagiando o mundo todo, sim, o Universo.

E lembramos dos conselhos muito práticos de Pitágoras.

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Pitágoras foi um filósofo grego, que viveu por volta do século 6 a.C, e era vegetariano. A dieta pitagórica, conhecida como ética pitagórica, seguia ao desejo de criar uma lei, universal e absoluta, para não se matar criaturas vivas, abster-se do derramamento de sangue, em particular o sacrifício de animais. Como resultado natural e necessário, segundo sua ótica, e de sua vida pura, diz-se que sua alma era vigilante e pura, e seu corpo confirmava a perfeita saúde. Como vemos Pitágoras já trabalhava para a Paz, purificando seu próprio ser, que alinhado com seu ensinamento ajudou e ajuda a muitos, digamos a humanidade. Exalou Paz. Pitágoras considerava o cosmo como resultado de uma harmonia submetida à ordem e proporção, e mais, que existe uma energia universal que une o celestial ao terreno, o divino com o humano e que por sua vez todos os seres vivos participariam da existência de uma comunidade com uma relação de irmandade, onde deveria imperar a moderação, a prudência e a ordem plena, ficando a discórdia, a rivalidade e a violência erradicadas.

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Abaixo algumas dicas para resolvermos os conflitos que nos afligem e que impedem a Paz interior, retiradas dos Versos de ouro de Pitágoras:

Ao se deitar para dormir nunca permitas que os seus olhos se cerrem antes de teres examinado cada ação (atos) do seu dia. Errei? Em que errei? O que fiz? O que não fiz e que deviria ter feito? Repasse todas as ações desde o início do dia até seu final. Se achares que em alguma ação fizeste mal (coisas vergonhosas) repreende-te severamente e se achares ações que fizestes bem, regozija-te. Analisa profundamente cada ação, medite – lembrando que deves amá-las com todo o teu coração. Elas irão te levar aos caminhos da virtude divina.

Veja bem e tome cuidado, pois vale a advertência: apenas observe, analise profundamente as ações do seu dia, não tem como resolver e limpar os problemas imediatamente, o importante é ter ciência de sua existência e que no menor tempo possível deixem de existir ou de ser importantes.

A Editora Pentagrama publicou os Versos áureos de Pitágoras.

No livro A Gnosis Chinesa (comentários sobre o Tao te King) editado pela Editora Pentagrama os autores Rijckenborgh e Catharose de Petri nos auxiliam a compreender o capítulo 30 do Tao te King do qual destacamos:

  • Aquilo que é feito aos homens é recebido de volta da mesma maneira como foi dado.
  • Por todas as partes onde estiveram os exércitos crescem espinhos e cardos.
  • O verdadeiramente bom dá um único golpe certeiro e para, ele não ousa perseverar na violência grosseira.

Análise dos autores de A Gnosis Chinesa que falam da importância de um grupo totalmente direcionado e aberto com base na luz da revelação gnóstica de salvação e que o Tao não pode ser expresso por palavras nem por escritos. O Tao, a senda, o caminho, pode unicamente ser vivenciado: Pensai no trigésimo capítulo do Tao te King, Nele descrevemos um personagem que nada diz e que não divulga nenhum ensinamento. Ele é unicamente o mestre silencioso. Em virtude de seu estado de ser, ele atrai forças do Tao eterno e as derrama sobre seus ouvintes… Se os participantes do grupo estiverem relativamente abertos a essa força, ela poderá atuar sobre eles. Trata-se portanto, de uma possibilidade de ajudar um homem ou um grupo de homens… Se o homem quiser experimentar essa possibilidade ele deve começar em si mesmo. Pois o homem constrói sua própria vida. Sois o que atraís…É por isso que o homem que compreende isso deve colocar seus ser em total harmonia…Além disso, ele deverá começar a se recusar de forma absoluta a emitir pensamentos e sentimentos de crítica e de oposição… Através de seus pensamentos e sentimentos críticos os homens são, portanto, constantemente atacados por outros homens. Pela violência das armas, nada de essencial, nada de bom pode desenvolver-se. Compreendei-o bem! Só podeis auxiliar o homem e o mundo, o povo e a humanidade por meio do Tao… Há uma enorme variedade de armas, mas o mais terrível dos arsenais é formado pelas armas astrais que a humanidade, sem o saber, emprega a cada segundo, utiliza a cada segundo.

Tao te King: Quem vence outros homens é forte, mas quem vence a si mesmo é onipotente. Tornar-se onipotente significa penetrar a essência fundamental da Divindade e dela fazer parte.
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Johannes Kepler: admirar ou aprofundar?

Um amigo me indicou o Livro A Bruxa de Kepler de James A. Connor. Muito interessante o livro e que nos leva a refletir profundamente. a um pensar renovado. Segundo o autor e pesquisador James, Kepler foi o primeiro cientista a comprovar a teoria heliocêntrica de Copérnico, estabeleceu as 3 leis do movimento dos planetas e é considerado o pai da óptica moderna, por ter sido o primeiro a explicar o processo de visão por refração do olho.

Entre os livros de Kepler temos:

  • A Terra vista da Lua
  • Mysterium Cosmographicum
  • Astronomiae Pars Optica
  • Astronomia nova
  • Nova stereometria doliorium Vinariorum
  • Epitome Astronomiae Copernicanae (3 volumes)
  • Harmonice Mundi
  • Astabela rudolfinas

Seu assistente Jakob Bartsch casou com sua filha Susanna e foi quem reuniu os trabalhos de Kepler após sua morte e publicou o Somnium – Astronomia Lunari (Sonho – Astronomia da lua), que é um exercício de ficção que Kepler terminou no final de sua vida – a aparência da Terra vista da Lua num universo copernicano.

James (leia o livro) lembra que Kepler era um homem de fé, que acreditava num Deus todo poderoso e buscava a Paz até mesmo a custa da própria vida. Excomungado pela sua igreja, manteve suas convicções cientificas e morais acima de tudo. Kepler era dono de uma coragem fora do comum apesar de sua saúde sempre precária. Analisando a vida de Kepler, pelo que lemos no livro, e seus pensamentos temos que nos interiorizar e analisar tudo dentro de uma ótica interna, dentro de nosso ser, na amplitude da alma.

Ainda, segundo James Connor, Kepler rejeitava a ideia de que a mente humana é uma lousa vazia, uma tabula rasa, e adota a noção de Platão de que as harmonias nascem conosco, junto com um repertório secreto de conhecimentos, que se expressa na sua melhor forma na matemática. Toda a nossa carne, nossos olhos, olhos e ouvidos são feitos para a descoberta desse conhecimento. Nossos sentidos não existem por si mesmos, mas para servir à mente. A mente é a alma humana escutando o universo e descobrindo ali uma ressonância com a mente de Deus, e mais: “Se a mente não tivesse tido o benefício dos olhos para compreender o mundo fora dela, então necessitaria de um olho e inventaria as suas próprias leis para sua criação”.

E Kepler continua: “A geometria, sendo parte da mente divina desde tempos imemoriais, desde a origem das coisas, forneceu a Deus os modelos para criar o mundo, modelos que foram implantados nos seres humanos, junto com a imagem de Deus. A geometria não chegou até a alma através dos olhos.”

“quem gosta de ser iludido de olhos abertos?.. A verdadeira astrologia são testemunhos das obras de Deus, e por conseguinte são sagradas…”

“Eu costumava medir os céus,
Mas agora meço as sombras da terra.
Embora minha alma fosse dos céus,
A sombra do meu corpo aqui jaz.”

Conclusão: devemos analisar com muita Paz as palavras de Kepler e também seus feitos científicos. Trazer para dentro de nosso ser, pois tudo é parte de nosso ser, todo o universo. Kepler diz que temos Deus dentro de nós. Temos que ter liberdade religiosa, o caminho que está dentro de nós como que adormecido e embassado pode ser iluminado e despertado em plena vivência interior.

Interessante o vídeo abaixo feito por Yoko Ono que mostra a luz da Paz de todos os habitantes deste planeta, iluminando o planeta. É interessante este trabalho feito por ela em homenagem ao John Lennon no seu incansável trabalho pela Paz. Kepler nos alerta que esse caminho da Paz está em nós, ele que viveu toda a experiência neste mundo de incertezas e dualidades, ele que perdeu vários filhos por doenças, enfrentou tantas guerras e ameaças, problemas financeiros – mas nunca deixou de ter a Paz em seu interior, a luz de Deus falando mais alto dentro dele.