Máquinas para recriar o Sol?

Na revista Info de outubro de 2010 tem uma reportagem que chama a atenção e nos leva a pensar mais profundamente. A revista está muito boa, não deixe de comprá-la.

Diz a reportagem: cientistas estão desenvolvendo reatores capazes de reproduzir a Fusão Nuclear que acontece nas estrelas. A ideia é usar essa tecnologia, que não polui, como fonte de eletricidade. Para que isso dê certo, será preciso construir um protótipo capaz de gerar mais energia do que consome. E testes estão sendo realizados para utilização como combustível em veículos (BMW).

E lendo a reportagem algumas informações se destacam e não tem como separar os textos e vou mesclando com o que observo. Colocarei em itálico o que a revista fala.

A Fusão Nuclear é o experimento mais complexo e perigoso já feito pelos cientistas. A bomba de hidrogênio é muito perigosa e pode afetar todo o universo. Mesmo os testes que realizam são altamente perigosos. Mas a própria natureza nos auxilia e o Trítio é muito difícil de se encontrar.

Como acontece nas estrelas, o combustível utilizado pelos reatores de fusão nuclear é o hidrogênio. Mas, para realizar as reações é necessário combinar 2 variações (ou isótopos) desse elemento químico: o deutério, cujo núcleo é formado por um próton e um neutro, e o trítio, que conta com um próton e 2 nêutrons. Quando eles se unem formam um elemento estável e nobre que é o Hélio. Apresenta um nível de energia completo. Acontece que sobra nessa reação um nêutron altamente energizado. E no conhecido reator (interessante trabalho conjunto de muitas nações – união que nos leva a refletir) Iter, esse nêutron choca-se com a parede, aquecendo-a. A ideia é aproveitar o calor gerado para aquecer água, que se transformará em vapor e moverá turbinas convencionais, gerando energia. Na fusão não há risco de desastre, pois produz radiação de baixa intensidade. Estima-se porém que exista no planeta Terra no máximo 20 quilos de Trítio que é radioativo.

Diz ainda a reportagem que para existir a fusão dos estados distintos de hidrogênio (e vencer a repulsão pelos 2 prótons) é necessária altíssima temperatura, chegando ao quarto estado da matéria que é o plasma, Neste plasma os átomos se decompõe e seus núcleos e elétrons movimentam-se livremente, em liberdade e união.

A matéria é um profundo vazio e quanto mais calor (e bota calor nisso) os átomos se movimentam mais e apesar da probabilidade pequena, o número de colisões aumenta e a fusão é possível.

Da Wikipédia tiramos: O trítio, também conhecido como trício, do latim trítium, é o terceiro isótopo do hidrogênio, (representado por 3H), e o menos abundante. Seu núcleo atômico contém 1 próton e 2 nêutrons. É um isótopo radioativo que apresenta uma vida média de 12,3 anos. Informalmente é simbolizado pela letra T.

O maior empecilho para a produção de fusão nuclear a partir do trítio é que este isótopo de hidrogênio é muito raro na Terra, mas abundante no espaço. Acredita-se que a Lua contenha a maior reserva de trítio conhecida próximo à Terra.

Como ele brilha?

As partículas beta emitidas devido ao decaimento radioativo do gás trítio excitam os átomos de uma camada de fósforo e portanto, emitem um belo brilho verde, sendo este fenômeno conhecido como radioluminescência. O brilho permanecerá por no mínimo 10 anos.

Na Internet pesquisei ainda: As Estrelas são compostas primariamente de hidrogênio em seu estado de plasma.

É o chamado plasma gasoso. A melhor maneira de entendê-lo é acompanhar esta sequência química: quando se aquece um sólido, ele vira líquido; quando se esquenta esse líquido, ele vira gás; quando o gás é aquecido, vira plasma. Em cada uma dessas passagens, a matéria ganha energia e o quarto estado é o mais energizado de todos. Muitas são as situações em que plasmas estão presentes. “O fogo, por exemplo, é um plasma”, diz Alex Antonelli, do Instituto de Física da Unicamp. O processo, ainda distante de ser equacionado, é visto como uma fonte inesgotável de energia para o futuro.

Há ainda um quinto estado da matéria, que ocorre quando os átomos são resfriados até os elétrons pararem de girar em torno do núcleo.

A origem da energia do universo
Com exceção da energia escura, cuja origem ainda é um mistério, virtualmente toda a energia do universo surge em processos de fusão nuclear.

Este é considerado o combustível do futuro, por existir em toda parte e não causar estragos ao meio ambiente. Os especialistas apostam que o hidrogênio vai ser a grande fonte de energia do mundo civilizado já na primeira metade do século XXI, quando se imagina que as reservas conhecidas de petróleo, carvão e gás estarão em baixa e o acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera, resultado da queima de óleo, atingirá níveis insuportáveis.

Mas, se para o homem o hidrogênio ainda é uma promessa, no Universo ele é uma antiquíssima realidade. Há bilhões de anos as estrelas se formam mediante reações nucleares que ocorrem no interior de nuvens superdensas de matérias a temperaturas de até 10 milhões de graus. Essas reações transformam o hidrogênio das nuvens em hélio, liberando quantidades extravagantes de energia, como em escala incomparavelmente menor acontece nas, chamadas bombas H, ou de hidrogênio, que integram os arsenais nucleares das grandes potências.

E tem uma briga que existe pela utilização do Trítio em produtos à venda no mundo todo. Nem todos os conflitos entre a União Europeia e a Suíça têm a ver com sonegação de impostos ou contas bancárias obscuras. No ano passado, dois relojoeiros suíços tiveram um desentendimento com o Ministério alemão do Meio Ambiente (BMU) por causa dos planos de proibição de trítio em bens de consumo.

O pomo da discórdia é um projeto de alteração do Código alemão de Proteção contra Radiação visando a proibir trítio em todos os bens de consumo.

A substância é usada para iluminar marcações em produtos, como mostradores analógicos em aeronaves, miras de armas, sinalizações de saída em locais escuros e, especialmente, relógios de pulso das marcas Luminox e Traser.

Brilho constante tornou marcas populares

O ministério alemão quer proibir, entre outras coisas, “fontes gasosas de luz que não desempenhem necessariamente funções essenciais” em um relógio. Martin Grossenbacher, porta-voz da Mondaine, empresa suíça que fabrica e distribui a marca americana Luminox, diz que as alternativas ao trítio, como a pintura fosforescente, apenas mantêm a carga por algumas horas.

“Pense num bombeiro que é acordado às quatro da manhã e que tem que correr para o carro – ele precisa estar em condições de ler o seu relógio”, acentua Grossenbacher. “O mesmo acontece com pessoas da área médica, no ramo de segurança e nos esportes.”

Ele ressalta que o brilho constante do trítio tornou populares os relógios Luminox entre a força de operações especiais US NAVY SEALS, da Marinha dos EUA, várias guardas costeiras e equipes de resgate por helicóptero, como a unidade Christoph 2, em Frankfurt.

Mostrador luminoso

O que aborrece os fabricantes suíços de relógios é que o projeto de alteração previsto pelo ministério alemão não diferencia entre a tinta de trítio usada no mostrador e nos ponteiros (como substituto para a tóxica tinta de rádio) e a nova tecnologia conhecida como fonte de luz de trítio gasoso (GTLS, do inglês), que é comercializada pela empresa suíça mb-microtec.

Minha análise modesta de tudo que lemos acima é que o Hidrogênio como combustível para veículos é algo ainda distante e muito difícil de ser disponibilizado para todo o planeta Terra em substituição dos combustíveis utilizados atualmente.

E lendo tudo que está escrito acima podemos tirar algumas perguntas para refletirmos e o caminho que levamos neste Universo, de onde viemos e para onde iremos:

  1. O Hidrogênio está em todo lugar, presente em grande quantidade;
  2. O Trítio, isótopo do Hidrogênio existe em pequena quantidade em nosso planeta e em quantidade no Universo;
  3. Para se realizar a fusão nuclear é necessário chegarmos ao 4° estado da matéria;
  4. Para o plasma não esfriar é necessário não encontrar barreiras e para isso o vácuo é fundamental (o silêncio).

E não posso deixar de analisar dentro do meu ser tudo isso e lembro do Silêncio que nos propõe a Blavatsky.

E tomo a liberdade de interpretar um pequeno fragmento da Voz do Silêncio de Helena Petrovna Blavatsky (da tradução de Fernando Pessoa):

seus pensamentos se tornarão um exército e serás um escravo deles…

Faze-os calar na compreensão e toda a tua atenção verte-a para a Verdade que se lhe apresentará…

e o sentido de tudo está oculto no vácuo do teu cérebro, e o caminho se lhe apresentará…

resolva o passado, perdoe, perdoe-se e o caminho se lhe apresentará..

e uma Luz brilhará nos recônditos…

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