Diamond Heart – Coração de Diamante

Em nossa vida sempre que precisamos recebemos informações valiosas em nossos contatos com outras pessoas. Incrível, como poderá aparecer um amigo em nossa vida dando-nos dicas, e que não podemos deixar escapar. Pode ser um livro, um filme, um exemplo, até controvérsia em determinado assunto. Devemos sempre observar com carinho nossos relacionamentos e aprender, estamos sempre aprendendo e caminhando rumo ao conhecimento real e vivente. Claro que você deve avaliar sob a luz de sua consciência se recebes uma jóia, ou não.

É o caso de A.H. Almaas (A. Hameed Ali) o criador da abordagem do diamante. Veja a preciosidade desse trabalho desenvolvido na Ridhwan School por Almaas, uma abordagem contemporânea que se desenvolve dentro do contexto de ensinamentos espirituais antigos e teorias modernas de psicologia.

Dentre os livros publicados, a série Diamond Heart– Coração de Diamante mostra o trabalho que se realiza na Ridhwan e também traz ensinamentos para complementar estudos espirituais sérios.

É uma série com 5 volumes.

Neste post apresentamos fragmentos do livro 1 (Book one):

Vivemos em um mundo de mistério, maravilha e beleza. Mas a maioria de nós raramente participa desse mundo real, preferindo muito mais focalizar a parte comum da vida predominada por luta, sofrimento ou falta de sentido. Esta situação se deve basicamente por nossa incapacidade de realizar e viver integralmente nosso potencial humano.

Outro trecho:

Ao nascer, um bebê é apenas essência, um ser puro… No entanto, como seus pais estão identificados com suas personalidades e não com sua essência, não conseguem reconhecer e incentivar a essência na criança. Assim, depois de alguns anos a essência fica esquecida e se desenvolve a personalidade. A essência é substituída por várias identificações… Mais tarde o adulto acredita que essa personalidade seja o seu verdadeiro eu. A essência, no entanto, existia desde o nascimento e ainda existe. Para proteger-se a essência se mascara. A máscara é a personalidade.

A personalidade é formada por experiências passadas, idéias e identificações.. Quando acreditamos que o ego, as identificações, idéias e experiências passadas são nosso verdadeiro eu, então não estamos no mundo, somos do mundo. Não temos consciência de quem realmente  somos. É difícil compreender isso se não tivermos consciência de nossa essência, por pelo menos parte do tempo.

Outro trecho:

O mundo que normalmente vemos não é o mundo que realmente é, porque nós o vemos a partir do ponto de vista dos nossos juízos e preferências, nossos gostos e desgostos, nossos medos e nossas ideias de como a coisas deveriam ser. Assim, para ver as coisas como realmente são, isto é, para vê-las objetivamente, temos que deixar tudo isso de lado – em outras palavras, temos que nos despegar de nossa mente.

E mais:

Conhecer  a si mesmo é conhecer a verdade. E a verdade é a essência. Claro que conhecer os fatos é o caminho, o meio para alcançarmos a verdade, porque os fatos contém a verdade, pequenas partículas da verdade, talvez o suficiente para formarmos um amontoado de verdades. O importante não é colecionar os fatos. A questão é esclarecer esse monte de verdade para nós. Quanto mais nos aprofundarmos nos conhecimentos dos fatos, mais próximos estaremos de nós mesmos, mais verdade poderemos encontrar neles. Quanto mais nos aprofundarmos, mais sentiremos a verdade que existe neles, até que os fatos deixem de existir e haja apenas a verdade por si só, penetrando no vazio e tornando possível a lembrança do que se perdeu. Por exemplo,  alguém que tenha um sentimento de necessidade, de mágoa devido a uma falta de carinho e amor materno, acabarão encontrando o que chamamos de qualidade de fusão da essência. É uma qualidade de amor com uma maravilhosa sensação de fusão, libertamo-nos dos nossos limites e nos fundimos com tudo.

Sem realizar o trabalho sobre a essência não haverá solução para o nosso sofrimento, nem oportunidade para compreendermos nossa verdadeira natureza. Não há necessidade aqui de trabalharmos somente com os problemas e os seus sintomas e nem nos isolarmos do mundo num mosteiro, para atingirmos a essência. Na verdade, precisamos fazer este trabalho, enquanto estivermos no mundo, enquanto vivemos nossos relacionamentos, enquanto trabalhamos em nossos empregos, ou temos problemas com os nossos carros, ou convivermos com dificuldades financeiras, teremos o material necessário para o trabalho.

Quando trabalhamos com a abordagem de Diamante, podemos usar técnicas para descobrirmos os conflitos emocionais que contribuíram para que perdêssemos determinada qualidade da essência.

– os trechos acima foram retirados da edição brasileira do livro Um (Editora Rosas dos Tempos)

 

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