O principal obstáculo para a plena realização espiritual: o medo

O trabalho espiritual advém, plenamente, em momentos especiais de nosso dia a dia. Porém, para que isso ocorra existem passos importantes e fundamentais. Começando pelo entendimento de que existe um entrelaçamento ou conexão entre o corpo físico e o campo energético, resultando em campo luminoso com várias matizes. Pontuando aqui, dependente ainda do estado de realização interior, em nosso processo de desenvolvimento do ser humano total e em concordância e alinhamento com o ponto central do Universo, na presente e alternada experiência espiritual.

E vem um ponto crucial, ou seja, o equilíbrio psicológico com sua importância capital em todo o processo. O maior entrave nesta consideração é o reflexo do estado de medo e o sentido de proteção e defesa contra ele, quando se armam as defesas e alerta geral em nosso ser.

Claro que, é uma reação involuntária interior e na qual não conseguimos colocar as mãos ou interceder. Esse medo vem desde antes do nascimento, frente as condições do ambiente, familiar etc. do qual cansamos de falar e ouvir por aí. E surgem couraças (Wilhelm Reich) em certas regiões de nosso ser, e tudo em nosso corpo tende a se contrair, ficar rígido. E na respiração não trocamos a quantidade necessária de ar como deveríamos. Como principal obstáculo para a plena realização espiritual consideramos que seja sem dúvidas é o medo.

Nesse sentido, não cansamos de repetir o princípio básico e necessário, ou seja, a importância dos cuidados com as crianças desde seu nascimento, os efeitos do desequilíbrio do seu entorno, seus relacionamentos e sua educação. E muitos Pais e Escolas alternativas se preocupam com a qualidades dos relacionamentos familiares e principalmente no âmbito escolar. Repetindo, por sorte, existem inúmeras escolas pensando diferente e com os pés no século XXI.

Bem, e como ficamos nós adultos? Já passamos por tudo isso, sem desmerecer ou enaltecer nossos relacionamentos desde o nascimento, e todos quiseram fazer o melhor dentro de suas expectativas de vida – e lembrando que todos nós sempre queremos fazer o melhor.

Para seguir um processo espiritual, que é a completude de nosso projeto humano, é necessário analisar e tentar minimizar os efeitos do medo. Temos tanto medo, por receio de não ter o básico para sobreviver, que acumulamos posses muito além do necessário, seja em dinheiro ou propriedades. É interessante observar que num trabalho espiritual efetivo e de realização é falado por muitos que não precisamos nos preocupar com a situação financeira. Agora, alguém somente pode indicar para outros sobre o problema de ficar aprisionado aos bens, sempre pelo medo, quando se livrou efetivamente de tudo. Causado pelo medo da sobrevivência, o maior entrave no processo espiritual são os bens e posses que temos, e o terrível medo de perdê-los.

Soma-se a isso, o medo das broncas dos Papais, críticas de amigos de infância, situações de perigo, professores dos séculos passados, ambiente competitivo no trabalho e até em trabalhos ditos espirituais etc.

É difícil admitir que esse medo e nossos mecanismos de defesa inconscientes criam traumas musculares, dores de cabeça, rigidez muscular. Nosso corpo é rígido e com couraças. E a couraça mais rígida e difícil é a causada pelo medo.

Cada um de nós, pode ter percepção de que algo não vai bem, ou, somos avisados com dores no corpo, na cabeça etc. Ou, acreditamos que vai acontecer alguma mágica para saná-los ou são normais e não tem remédio. Existe aqui um perigo que é o caso de grandes decepções, que podem gerar uma doença muito mais grave, um choque de grande tensão e pode encurtar consideravelmente nossa vida.

É necessário um alinhamento de todos os corpos para a plena e mais constante manifestação de nossa essência mais profunda e primordial.

E temos como medir, seja o princípio básico da consciência que temos andar, se sabemos escutar e falar o estritamente necessário. Dores de cabeça tem que ser interpretada o mais breve. Peça auxílio pois o caminho espiritual solo não é fácil, mesmo com auxílio de algum movimento. É fundamental reconhecer que há apenas um mestre válido e ele está dentro de nós, é a verdade em nós.

E os relacionamentos e principalmente participação em grupo de pessoas que estão buscando o mesmo objetivo essencial interior tem muita importância.

Medo. É difícil acreditar que para aliviar o medo possamos necessitar de uma liberação em nosso corpo físico.

Um auxílio externo pode ser interessante, mas desde que, mantenha sua objetividade na meta. Meta esta que é o trabalho espiritual verdadeiro e interior. Interior com reflexo no exterior. Existe o método da repetição sobre não ter medo, que pode resultar em fortalecimento ou criação de mais uma barreira para não enfrentar olho no olho o que causa o medo, melhor dizendo aceitar as inúmeras ocorrências em nossa vida que resultaram em defesa para sobreviver.

A necessidade básica é manter o corpo saudável do melhor modo possível. O importante é ter sensibilidade suficiente para aproveitar as brechas ou breve iluminação que no afrouxamento de uma couraça ou tensão física surge na prática de exercícios físicos, caminhadas etc.

É muito fácil falar e falar sobre o medo e suas consequências, e duro mesmo é localizar, afrouxar e amar.

Após diversas possibilidades e tentativas você continua com dor de cabeça, cansado, respiração curta etc. E existem alguns caminhos para te auxiliar, e não tenha receio de fazê-lo. Uma terapia reichiana/ análise bioenergética, com profissional sério e aberto ao espiritual, ajuda caso você também esteja aberto para pontuar e aliviar esses pontos de tensão criados automaticamente na defesa contra o medo e consequente liberação para uma respiração mais efetiva. Os exercícios funcionais, dança, RPG etc. também destravam tensões e novamente friso que a efetividade depende da nossa sensibilidade. Outra opção interessante no caso de dores no corpo, cabeça etc. seria usar a Osteopatia, com profissional gabaritado, podendo liberar as tensões e circulação no sistema. A Osteopatia tem como um dos objetivos o de melhorar o funcionamento dos órgãos e vísceras, tentando estabelecer uma boa relação entre eles, entre o sistema estrutural e o sistema nervoso. Esta área da Osteopatia parte do pressuposto de que todos os órgãos, assim como todo o corpo, estão em movimento constante e em sincronia entre si e com todas as estruturas que os rodeiam. Quando essa sincronia é perturbada principalmente pelo medo, estaremos diante de uma disfunção ao nível visceral. Osteopatia também utiliza a aplicação de técnicas manuais ao nível dos ossos do crânio, melhora a mobilidade interna dos mesmos, equilibra tensões musculares, e neuro-vasculares.

Você sabia que um profissional da Osteopatia, além do curso de Fisioterapia tem mais 5 anos de estudos específicos?

O medo, repetindo, faz com que fiquemos retesados muscularmente.

Neste século XXI o relacionamento, já importante anteriormente, tem papel preponderante e ganha intensidade no trabalho interior pelo número de pessoas que estão procurando o caminho espiritual. E o trabalho é mais concentrado quando no grupo todos tem a mesma meta, de liberar a força essencial, caminho para a nova vida.

A possibilidade existe e o tempo corre rapidamente. Fique atento sempre. Toda doença é no fundo mental, e 90% das vezes a cura está próxima. Você tem uma força essencial, ou melhor, tudo ocorre dentro de você. Mergulhar para dentro do ser, o autoconhecimento, será dificultado se não removermos ou deslocarmos as pedras colocadas no caminho pelo medo.

Os Jovens e a Espiritualidade no século XXI

Analisando o resultado de pesquisas a respeito dos “Jovens e a Espiritualidade” as observações feitas por especialistas são interessantes para nós e movimentos espirituais, mas falta pensar em algo novo. A “Springtide Research Institute” tem trabalhos específicos voltados para auxiliar movimentos religiosos americanos, que sentem a frequente diminuição na presença de jovens em seus movimentos.

Neste ponto, comparo com o ensino das escolas do século XXI. Nessas Escolas as crianças aprendem em total liberdade. Cada criança tem seu tempo para aprender e não serão os professores e adultos que deverão decidir os passos e sim a própria criança. Elas definem um Projeto dentro do qual o aprendizado ocorrerá naturalmente, não decidido unilateralmente por adultos e sim pelas próprias crianças. O Professor deve ainda estar vivo (com a eterna juventude desperta em seu ser) e aberto ao novo. E assim auxiliar as crianças quando elas necessitarem e no seu tempo. Veja que o principal são as crianças – que devem ser livres e não formatadas por conceitos arcaicos dos séculos passados. E em muitas dessas escolas existe um conselho onde participam ativamente todas as crianças, independente de suas idades, e professores e digamos o diretor. Todos podem dar opinião e decidir em conjunto e pasmem, as crianças comandam as reuniões.

E no caso dos jovens e a espiritualidade podemos seguir o mesmo caminho das Escolas modernas.

Atualmente, os movimentos têm suas características de funcionamento e podemos dizer métodos para a realização, liberar o real em nós. Assim, escolhemos as pessoas que irão trabalhar com as crianças e definimos o que fazer no processo. TUDO ERRADO.

Sempre em primeiro lugar no tocante a potencial, liberdade e iniciativas: as crianças.

Em seus movimentos religiosos ou espirituais, para que os jovens sigam seu caminho em liberdade, abra uma nova perspectiva para eles e principalmente para jovens que ainda não estão no movimento. As crianças e jovens irão definir os passos em grupo e adultos vivos (com a eterna juventude desperta em seu ser) poderão auxiliar nos trabalhos, mas isentos de conceitos fixos, processos já definidos e fechados.

Ainda é tempo, sempre é tempo.

Devemos acreditar sempre e possibilitar um trabalho de base com os jovens. Um novo mundo está sendo construído com esses jovens.

Pensem comigo, não devemos seguir os modelos que se nos oferecem – onde uma pessoa ou pequeno grupo decidem pela maioria. Não, este novo tempo é diferente e plenamente aberto para todos, está sendo construído por esse novo ensinamento nas Escolas e possível de ser ampliado em movimentos religiosos e espirituais.

O Século XXI está aí e só nos resta acordar.

Essence Golden Balls

O que é o Projeto Essence Golden Balls?

É um projeto presente nas Redes sociais para levar uma mensagem a todos, especialmente para aqueles que têm a eterna juventude desperta em seu ser, sobre a real comunicação num relacionamento. As essências (verdade, real) mais profundas do ser se comunicam e se fortificam. Quando você se lembra durante um relacionamento que a comunicação real está ocorrendo – o seu relacionamento ganha mais colorido e até as palavras, se utilizadas, ganham novo feitio e claro você escutará o outro e não somente o ouvira.

Eterna juventude?

Sim, a eterna juventude poderíamos traduzir pelo fato da pessoa estar viva (principalmente os mais jovens). Estar vivo é estar vivenciando o momento e aberto ao essencial da vida. O real caminho que deveremos seguir, o próprio amor fraternal distribuído e retribuído.

E o Projeto visa ter lucro?

Não. A intenção é levar a informação para todos e assim transformar as relações entre as pessoas que ainda estão vivas, abertas ao novo e dispostas a mudar o que seja necessário neste caminhar pelo século XXI de mãos dadas, independente de fronteiras entre países. Nada impede que o amor incondicional seja distribuído entre todos, trazendo esperança, acreditando num novo tempo para todos.

@essencegoldenballs

2025

O que dizer sobre o ano que começa?

Mais uma vez desejar um novo ano feliz e com realizações?

E os anos vão passando até o seu último dia, o dia da despedida deste período físico no Planeta/ Universo.

Ficamos anos e anos correndo atrás da realização, do grande dia, dos dias felizes. Nos despedimos daqueles que partem, aguardando a nossa partida e questionando se o outro realizou.

E procuramos cada vez mais, e mais. Procuramos a Realização, aquele momento de plena PAZ. Corremos tanto que não percebemos que basta parar de procurar.

A realização e a felicidade estão dentro de nós. Díficil aceitar que basta não procurar mais, pois ela já é.

Quando não procurar mais você vai dar importância aos relacionamentos – que são a base da vida e vai Escutar (saber dar atenção aos outros e real troca de experiências).

Escutando os outros, partilhando experiência pura nos relacionamentos -finalmente dará ouvidos ao verdadeiro em seu ser – a Realização.

H.D. Thoreau

“Não tente tão ansiosamente se desenvolver, nem se submeter ao efeito de muitas influências; é pura dissipação. A humildade, como a escuridão, revela as luzes celestiais. As sombras da pobreza e da crueldade se acumulam à nossa volta, “e, vejam!, a criação se revela aos nossos olhos”. Somos muitas vezes lembrados de que se nos fosse concedida a riqueza de Creso, rei da Lídia, nossos objetivos deveriam continuar sendo os mesmos, e nossos gastos, essencialmente os mesmos. Mais ainda, se você é constrangido em suas possibilidades pela pobreza, se não pode comprar livros e jornais, por exemplo, você se limita às experiências mais significativas e vitais; você é obrigado a lidar com o material que contém mais açúcar e mais amido. A vida é mais saborosa perto do osso. Você fica imune à frivolidade. Ninguém perde nada em um plano inferior por sua magnanimidade em um plano superior. A riqueza supérflua só compra supérfluos. Não é preciso dinheiro para comprar uma necessidade da alma.

Moro no ângulo de uma parede de chumbo, em cuja composição se acrescentou um pouco de bronze de sinos. Muitas vezes, no repouso do meio-dia, chega aos meus ouvidos um confuso tintinnabulum lá de fora. É o alarido dos meus contemporâneos. Meus vizinhos me contam de suas aventuras com cavalheiros e damas famosos, que sumidades encontraram à mesa do jantar; mas essas coisas me interessam tanto quanto o conteúdo do Daily Times. O interesse e a conversa giram principalmente em torno de boas roupas e bons costumes; mas um ganso ainda assim é um ganso, não obstante o modo como você o prepare. Eles me contam sobre a Califórnia e o Texas, sobre a Inglaterra e as Índias, do ilustríssimo senhor… da Geórgia ou de Massachusetts, todos fenômenos passageiros e fugazes, até o momento em que estou prestes a sair correndo daquele quintal, como bei mameluco. Adoro voltar a mim mesmo – não caminhar em procissão com pompa e ostentação, em lugar de destaque, mas caminhar de igual para igual com o Construtor do universo, se possível, não viver nesse século XIX irrequieto, nervoso, agitado e trivial, mas parar ou sentar pensativamente enquanto ele passa. 

O que as pessoas estão comemorando? 

Estão todos em algum comitê de preparativos, e de hora em hora esperam um discurso de alguém. Deus apenas preside aquele dia, e Webster é seu orador. Adoro ponderar, pesar, gravitar em direção àquilo que me atrai com mais força e legitimidade – não tentar me pendurar na travessa da balança e tentar pesar menos, não supor uma situação, mas agir na existente; percorrer o único caminho possível para mim, e no qual nenhuma força poderá me deter. Não me dá nenhuma satisfação começar a construir o arco antes de ter uma fundação sólida. Não vamos brincar no gelo fino. Há um leito sólido em toda parte. Lemos que o viajante perguntou ao menino se o pântano diante deles tinha fundo firme. O menino respondeu que tinha. Mas então o cavalo do viajante afundou até a cilha, e ele disse ao menino: “Pensei que você havia dito que o charco tinha fundo firme”. “Ele tem”, respondeu o menino, “mas o senhor ainda não chegou nem na metade do caminho até onde começa a ficar firme.” Assim é também com os pantanais e as areias movediças da sociedade; mas só um menino crescido sabe disso. Apenas aquilo que é pensado, dito ou feito com uma certa coincidência rara é bom. Não sou daqueles que insensatamente batem um prego no mero gesso com ripas da parede; tal atitude me deixaria sem dormir por noites a fio. Dê-me um martelo, e deixe que eu tateie até encontrar a viga. Não confie no reboco. Bata um prego até o fim e entorte a cabeça com confiança a ponto de acordar à noite e pensar em seu trabalho com satisfação trabalho para o qual você não teria vergonha de invocar a Musa. Assim Deus o ajudará, e só assim. Cada prego batido deveria ser como outro rebite na máquina do universo, sendo você o encarregado do trabalho.

Em vez de amor, dinheiro ou fama, dê-me a verdade. Sentei-me a uma mesa onde havia boa comida e vinho em abundância, e um público obsequioso, porém não havia sinceridade e verdade; e fui embora com fome dessa mesa pouco hospitaleira. A hospitalidade era fria como o gelo. Pensei que não haveria necessidade de gelo para esfriá-los ainda mais. Falaram-me sobre a idade do vinho e a fama da safra; mas eu pensava em um vinho mais antigo, mais novo, mais puro, em uma vindima gloriosa, que eles não tinham e não poderiam comprar.”

H. D. THOREAU