Podemos ver a alma como a totalidade, cujo próprio tecido é a essência?

AHAlmaas:

“Podemos ver a essência como um potencial da alma, como seu potencial mais primordial; mas também podemos ver a alma como um dos aspectos da essência, como o aspecto da vida.

Podemos ver a essência como a base da alma, mas também podemos ver a alma como a totalidade cujo próprio tecido é a essência. Ambas as possibilidades surgem na experiência direta e em estágios avançados da jornada interior, a diferença entre as duas se dissolve gradualmente.

Neste ponto, experimentamos uma alma essencial, ou uma essência dinâmica, indicando uma coemergência completa e total de essência e alma, refletindo a não dualidade primordial da Realidade. A distinção entre essência e alma não é fácil de fazer, porque é uma diferenciação sutil. A principal dificuldade surge em confundir consciência com vida. Quando se experimenta a essência como uma presença consciente, geralmente não é fácil reconhecer que isso é diferente de estar vivo, pois não se diferencia a vida da consciência. Em nossa experiência normal, consciência e vivacidade são inseparáveis. Raramente, ou nunca, experimentamos um sem o outro. E quando experimentamos a consciência pura, não podemos diferenciá-la da vida, porque tendemos a acreditar que ser consciente é estar vivo. Mesmo pesquisadores interessados ​​em experiências de morte, ou experiências fora do corpo, tendem a não explorar a questão de se nessas condições a alma se sente viva ou apenas como consciente. Esses pesquisadores geralmente acreditam que a vida termina com a morte e que, embora algum tipo de consciência sobreviva à morte, não há curiosidade sobre se essa consciência estará se experienciando apenas como consciente, ou consciente e viva do jeito que é no corpo. A suposição implícita parece ser que a consciência continuará a estar imbuída da sensação de vivacidade, como na vida física, embora se acredite que a vida termina com a morte. O principal motivo dessa situação é que, embora todos conheçam a alma, embora não explicitamente, a experiência da essência é rara. Quando experimentamos a essência, sabemos o que é consciência pura, que está além da sensação de vivacidade, mais fundamental do que a vida. Compreender a propriedade da vida na alma aprofunda e expande nossa apreciação da vida por ela mesma. Começamos a reconhecer o valor intrínseco da vida, e especialmente o valor da vida humana, pois é a vida da alma humana, a alma com potencial infinito. Apreciar e amar a vida é inseparável de amar e valorizar a alma. Queremos que nossa vida seja plena porque é a plenitude de nossa alma que é nossa janela para o universo, nosso órgão de experiência. Não queremos apenas ser livres de alma humana, a alma com potencial infinito. Apreciar e amar a vida é inseparável de amar e valorizar a alma. Queremos que nossa vida seja plena porque é a plenitude de nossa alma que é nossa janela para o universo, nosso órgão de experiência. Não queremos apenas ser livres e desapegados; queremos ser livres e desapegados e, ao mesmo tempo, que nossa vida seja plena, rica e realizada. E porque entendemos que a consciência é mais fundamental do que a vida, percebemos que, para sermos livres, precisamos nos centrar na consciência pura. Amamos a consciência pura porque é nossa própria identidade, verdade e substância, mas também amamos nossa alma vivente porque ela é o que a completa. Ela é filha da consciência pura primordial, mas também de seu potencial infinito.”

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