Relações objetais

Em termos psicanalíticos, as relações objetais referem-se às relações emocionais entre sujeito e objeto amado que, através de um processo de identificação comum, contribuem para o desenvolvimento do ego. Entende-se por “objeto” uma pessoa, ou a sua representação, com a qual o sujeito forma uma relação emocional intensa, que lhe possibilita a tal identificação com o outro. Este tipo de relações foram definidas em 1924 por Karl Abraham, que desenvolveu as ideias de Freud acerca da sexualidade infantil e do desenvolvimento da libido. A teoria das relações objetais tem-se tornado um dos temas centrais da psicanálise pós-freudiana, em especial com os psicanalistas Melanie Klein e Donald Winnicott. Apesar de as teorias de cada um serem complementares, fizeram diferentes abordagens de análise, que contribuíram para as teorias do desenvolvimento baseadas nas relações parentais precoces. Assim, as relações objetais seriam as ligações que a criança estabelece com as figuras parentais e a forma como estas delineiam a atividade da criança. Para Klein, ao longo do desenvolvimento, a mesma figura parental tem aspetos positivos e negativos que a criança terá de introjectar. Apesar do sentido negativo que se dá ao “mau” objeto, o bom desenvolvimento da criança necessita de ambos, mas deve sempre predominar a presença do “bom” objeto.

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