Airbus imagina “aviões-foguete” para o futuro

Não gosto muito de viajar nos aviões da Airbus, porém adoro as francesas. Prefiro o Boeing, mas com certeza prefiro as francesas às americanas.

Em entrevista ao Le Figaro, Bregier Fabrice, CEO da Airbus, disse que em relação às aeronaves do futuro, trabalham para permitir que a Europa mantenha a sua liderança tecnológica e competitividade.

Diz ainda na entrevista que o grande desafio para o futuro da indústria aeronáutica francesa é que em 2020 as aeronaves em serviço, com efeito, deverão reduzir à metade as emissões de CO2 e 50% de seu ruído (apoio totalmente e que também retirem as buzinas das motocicletas e não permitam aquelas motos barulhentas). Dentro de quinze anos o tráfego aéreo vai dobrar de novo, pois hoje 84% da população do mundo não utiliza o avião. Temos de gerir este crescimento antecipando-nos e com o pensamento firme: sem o aumento das emissões.

Para o ano de 2020, estamos trabalhando, por exemplo, na velocidade do motor da aeronave, o ruído e segurança. Resolver problemas de aerodinâmica e reduzir o peso da aeronave com o uso de compostos e ligas novos. Isso é para melhorar o “deslize” da aeronave no ar. Estamos também trabalhando na inteligência da aeronave para enfrentar os congestionamentos e coordenar melhor os movimentos de pouso e decolagem. Isto requer sistemas que permitam às aeronaves comunicarem-se entre si para evitar o tempo perdido voando ao longo de um aeroporto antes do desembarque. Só isso economizaria 10% do combustível consumido pela frota mundial.

A longo prazo, 2040, nós pensamos em como um avião voar de outra forma. Nós estudamos o uso de asas delta, aviões de combate e células de combustível. As companhias aéreas devem se preparar para um mundo sem petróleo. Estamos explorando várias opções, incluindo a de combustíveis sintéticos e biocombustíveis. Uma visão mais distante ainda, pode-se imaginar o avião foguete em que parte do percurso, teria lugar fora da atmosfera da Terra. Eles nos permitiriam voar de Paris para Tóquio em duas horas.

A indústria aeroespacial francesa e europeia deve manter a sua vantagem tecnológica para conquistar a sua quota do mercado em um mundo competitivo, sabendo do retorno dos russos e chineses na aviação civil. Sabemos que as suas aeronaves, em especial a próxima chinesa, o avião C 919 chegará ao mercado entre 2015-2020 com uma tecnologia moderna. Programas de pesquisa, que citei, são portanto, um grande desafio para a indústria francesa.

O CEO da Airbus foi entrevistado por Veronique GUILLERMARD, Yann Le vendavais e Jacques-Olivier Martin do Le Figaro, da França.

Analisando a entrevista percebemos que existem equipes de estudos avançados e com visão de futuro na área da aviação. No tocante aos veículos terrestres, precisamos de mais avanços principalmente na economia do combustível mesmo os motores à gasolina. Tenho certeza que isto seja possível, basta querer e enfrentar os produtores de petróleo. Uma solução simples seria apagar o motor quando o veículo está parado, acelerou ele já liga e sai andando (com a evolução das baterias seria moleza).

Teremos os micro aviões-carro!

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