Pelo falso descobrir o verdadeiro

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É o amor? O que é o amor? Perdemos tempo? Ainda dá tempo? Existe o tempo? Ou só o agora?

E Khrisnamurti nos indica:
Quero também descobrir o que é amor. Desse modo, condicionada que é a desejar prazer, gratificação, satisfação e, por isso mesmo, a resistir, minha mente percebe tudo o que o amor não é. O que é amor? Para descobrir o que é, temos de negar, eliminar completamente o que não é. Pela negação, chegamos ao positivo; não procurem o positivo; só podem ir a ele compreendendo o que não é. Assim, se quero descobrir o que é a verdade, sem saber o que ela é, devo ser capaz de ver o falso. Se não tiver a capacidade de perceber o falso, não posso ver o que é a verdade. Portanto, preciso descobrir o falso. O que é falso? É tudo que o pensamento engendra – psicologicamente; não, tecnologicamente. Foi assim que o pensamento criou o eu, o ego, com suas memórias, agressividade, separatividade, ambição, competitividade, imitação, medo e recordações – tudo isso foi o pensamento que engendrou. E foi o pensamento também que criou inúmeros engenhos maravilhosos. Portanto, o pensamento, na condição de eu, que essencialmente não é nada, é falso. Quando a mente vê o falso, então, surge a verdade. Assim também, quando a mente indaga, em profundidade, o que é amor, sem dizer que é “isto” ou “aquilo”, mas simplesmente indaga, nesse caso ela pode ver o que não é e descartar, completamente, o falso, pois, do contrário, não descobriremos o real. Assim, o amor não é produto do pensamento, que é prazer. Como já dissemos, o pensamento é velho, não é livre, provém do passado, e, por isso, nenhuma relação tem o amor com o pensamento. Como sabem, adoramos explicações e teorias, satisfazemo-nos com filosofia especulativa e somos levados por tudo que implica desperdício de tempo e energia. Precisamos enfrentar o que de fato é: a miséria, a pobreza, a poluição, a desastrada divisões entre povos e nações, as guerras que nós, os seres humanos, já promovemos – pois elas não surgiram por milagre; todos somos responsáveis por tudo isso: eis o que temos de enfrentar.”

 

 

 

 

 

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