Johannes Kepler: admirar ou aprofundar?

Um amigo me indicou o Livro A Bruxa de Kepler de James A. Connor. Muito interessante o livro e que nos leva a refletir profundamente. a um pensar renovado. Segundo o autor e pesquisador James, Kepler foi o primeiro cientista a comprovar a teoria heliocêntrica de Copérnico, estabeleceu as 3 leis do movimento dos planetas e é considerado o pai da óptica moderna, por ter sido o primeiro a explicar o processo de visão por refração do olho.

Entre os livros de Kepler temos:

  • A Terra vista da Lua
  • Mysterium Cosmographicum
  • Astronomiae Pars Optica
  • Astronomia nova
  • Nova stereometria doliorium Vinariorum
  • Epitome Astronomiae Copernicanae (3 volumes)
  • Harmonice Mundi
  • Astabela rudolfinas

Seu assistente Jakob Bartsch casou com sua filha Susanna e foi quem reuniu os trabalhos de Kepler após sua morte e publicou o Somnium – Astronomia Lunari (Sonho – Astronomia da lua), que é um exercício de ficção que Kepler terminou no final de sua vida – a aparência da Terra vista da Lua num universo copernicano.

James (leia o livro) lembra que Kepler era um homem de fé, que acreditava num Deus todo poderoso e buscava a Paz até mesmo a custa da própria vida. Excomungado pela sua igreja, manteve suas convicções cientificas e morais acima de tudo. Kepler era dono de uma coragem fora do comum apesar de sua saúde sempre precária. Analisando a vida de Kepler, pelo que lemos no livro, e seus pensamentos temos que nos interiorizar e analisar tudo dentro de uma ótica interna, dentro de nosso ser, na amplitude da alma.

Ainda, segundo James Connor, Kepler rejeitava a ideia de que a mente humana é uma lousa vazia, uma tabula rasa, e adota a noção de Platão de que as harmonias nascem conosco, junto com um repertório secreto de conhecimentos, que se expressa na sua melhor forma na matemática. Toda a nossa carne, nossos olhos, olhos e ouvidos são feitos para a descoberta desse conhecimento. Nossos sentidos não existem por si mesmos, mas para servir à mente. A mente é a alma humana escutando o universo e descobrindo ali uma ressonância com a mente de Deus, e mais: “Se a mente não tivesse tido o benefício dos olhos para compreender o mundo fora dela, então necessitaria de um olho e inventaria as suas próprias leis para sua criação”.

E Kepler continua: “A geometria, sendo parte da mente divina desde tempos imemoriais, desde a origem das coisas, forneceu a Deus os modelos para criar o mundo, modelos que foram implantados nos seres humanos, junto com a imagem de Deus. A geometria não chegou até a alma através dos olhos.”

“quem gosta de ser iludido de olhos abertos?.. A verdadeira astrologia são testemunhos das obras de Deus, e por conseguinte são sagradas…”

“Eu costumava medir os céus,
Mas agora meço as sombras da terra.
Embora minha alma fosse dos céus,
A sombra do meu corpo aqui jaz.”

Conclusão: devemos analisar com muita Paz as palavras de Kepler e também seus feitos científicos. Trazer para dentro de nosso ser, pois tudo é parte de nosso ser, todo o universo. Kepler diz que temos Deus dentro de nós. Temos que ter liberdade religiosa, o caminho que está dentro de nós como que adormecido e embassado pode ser iluminado e despertado em plena vivência interior.

Interessante o vídeo abaixo feito por Yoko Ono que mostra a luz da Paz de todos os habitantes deste planeta, iluminando o planeta. É interessante este trabalho feito por ela em homenagem ao John Lennon no seu incansável trabalho pela Paz. Kepler nos alerta que esse caminho da Paz está em nós, ele que viveu toda a experiência neste mundo de incertezas e dualidades, ele que perdeu vários filhos por doenças, enfrentou tantas guerras e ameaças, problemas financeiros – mas nunca deixou de ter a Paz em seu interior, a luz de Deus falando mais alto dentro dele.