Amando o Real – SEM CORAÇÃO, não somos realmente humanos

Cap 1

Já postamos um resumo do último capitulo do livro de A H Almaas. Iremos postar resumos dos capítulos desse livro simples e profundo – The Unfolding Now. Informações coletadas de encontro de Hamed Ali com os alunos mais antigos de seu movimento espiritual em 2003, livro publicado em 2008.

“A Abordagem do Diamante é um caminho de sabedoria, uma abordagem à investigação da Realidade e um método de trabalho sobre si mesmo que leva à maturidade e à libertação humana. É um ensinamento espiritual, um método de conexão com nossa natureza espiritual e trazê-la para nossa vida. A Abordagem Diamante representa um novo paradigma no conhecimento e compreensão humano/espiritual. Não é uma síntese do conhecimento existente, mas sim uma compreensão nova e mais integrada de toda a psique humana – ego, personalidade, alma – e a relação da psique com sua natureza fundamental.”

Amando o Real

“E a possibilidade de ter uma vida humana autêntica e profundamente satisfatória é apenas um sonho quando nosso amor não é direcionado ao que realmente preenche o coração.  Para encontrar a verdadeira satisfação, muitos de nós em algum momento da vida nos voltamos para a busca espiritual.  Mas o que há na espiritualidade que dá essa realização?  De onde vem essa profunda satisfação?  Para responder a esta pergunta, precisamos primeiro descobrir por que nos envolvemos na busca espiritual.  O que estamos procurando quando começamos a jornada?  Para experimentar novos e notáveis ​​estados de consciência?  Viajar para reinos extraordinários além do nosso mundo cotidiano?  Para se libertar das dificuldades e constrangimentos do mundo?  Ou estamos procurando enriquecer e aprofundar o significado das vidas que estamos vivendo aqui na Terra?  Se nosso objetivo é nos engajar em nosso trabalho espiritual para que possa impactar e transformar a maneira como vivemos, temos que começar vendo o que estamos realmente fazendo em nossas vidas…

Procuramos fora de nós mesmos por esta paz e facilidade de ser.  Mas grande parte da atividade constante está na verdade dentro de nossa cabeça.  Mesmo que nos afastemos das rodovias, dos supermercados, das TVs e telefones para sentar e meditar – mesmo no silêncio do nosso próprio quarto – isso não significa que estamos fugindo do barulho interno.  E por que há tanto barulho, tanta atividade?  A resposta, é claro, vem a nós como mais barulho – mais atividade em nossa mente.  Explicar, analisar, trabalhar ou discutir porque nossas mentes estão tão ocupadas só pode aumentar a ocupação interior.  Você provavelmente já percebeu isso.  Assim, nossa mente tende a ser barulhenta e ocupada, assim como o mundo em que vivemos.  Estamos ouvindo tanto barulho, que depois de um tempo não sabemos o que estamos fazendo aqui.  Não há espaço suficiente para nos sentirmos de forma simples e imediata;  não temos espaço suficiente para sermos nós mesmos.  Todas essas coisas extras estão competindo por nossa atenção.  E se abrirmos espaço para nos sentirmos, o que encontramos lá dentro é principalmente ocupação, então a possibilidade de paz parece um sonho.  É assim que é nosso mundo, como é nossa vida e como é nossa mente também.  Na maioria das vezes, nem sequer questionamos; achamos que é assim mesmo…

A NATUREZA DE SER REAL

ASer real acontece quando o ruído diminui e as complexidades se dissolvem e estamos experimentando a nós mesmos exatamente como estamos em nossa verdadeira condição.  Não o reflexo, não a imagem, não o eco, não a memória, não o pensamento, não a reação, mas a coisa em si…

Mas nada como a simplicidade de ser você mesmo, estabelecendo-se em si mesmo, apenas estando lá, reconhecendo o que você é, e sentindo a sensação de intimidade e realidade disso.  Toda a jornada interior, toda a prática espiritual, em última análise, se resume a isso: que somos capazes de ser genuinamente o que somos.  Se você quer fazer a prática interior para desenvolver certos poderes ou ir para outras dimensões ou ter experiências especiais, você ainda não sabe o que é trabalho espiritual.  E isso é porque você ainda não está reconhecendo o que é a realidade ou o que significa ser real.  Por outro lado, você já aprecia ser real se genuinamente quer fazer o trabalho interior por si mesmo.  Ser real significa ser do jeito que você é quando está sozinho e quieto: “Sei que sou eu e sei como é e me sinto confortável sendo assim. Não tenho conflito com isso. E quando estou interagindo com alguém, é essa realidade de quem eu sou que está interagindo.””…

“Quando você se sentiu mais real em sua vida e como você o reconheceu? 
Pense em uma situação em que você sentiu que estava realmente sendo você mesmo, talvez quando fosse um verdadeiro desafio fazê-lo.  Que respostas você notou em sua mente?  Em seu coração ?  Em seu corpo? 

Fantastic Fungi

O meu querido amigo Luiz Celso indicou o Fantastic Fungi. É um aprendizado e alguns pontos poderiam ser questionados, especialmente no uso dos cogumelos no tocante a levar o paciente, em poucas aplicações, a vislumbrar outro campo – assim, o pequeno ponto ou barreira psicológica que seria a causa da doença grave (câncer) fica em segundo plano (não eliminado). Porém, tem que haver um gerenciamento perfeito dos envolvidos.

Muitas vezes ficamos fixados num problema, por vezes pequeno, e damos voltas e mais voltas e não nos livramos dele e isso pode ser impactante ao gerar uma doença grave. Dizem pesquisas que ao sofrer um baque psicológico em 6 meses poderá surgir um doença grave.

E um trabalho espiritual efetivo que toca e desperta a essência que passa a dominar a alma passando a um novo estado de consciência também é efetivo contra o aparecimento de doenças ou sua solução.

E Rudolf Steiner fala com propriedade: “Na verdade, nunca esquivei de me expor a qualquer perigo de infecções e realmente nunca peguei nada, nunca me infectei. Isso mostrou que a mera consciência, a poderosa consciência da existência de uma doença, pode causar a doença por meio do corpo astral.”

Tudo tem a ver com nosso estado de consciência (sempre a situação atual da alma em relação a sua essência, sua base). Quanto maior a presença e preponderância da essência sobre a alma a consciência vai se refinando e se abrindo. E purificado o global do ser e seus relacionamentos.

Thomas Merton

É possível refletir, sobre nosso caminhar, a partir dos títulos dos livros de Thomas Merton:  

A via de Chuang Tzu,  
A montanha dos 7 patamares,  
Homem algum é uma ilha,  
O homem novo,  
Reflexões de um espectador culpado,  
Zen e as aves de rapina,  
Místicos e mestres Zen,  
Diálogos com o silêncio,  
A sabedoria do deserto… 

Merton se aproximou das pessoas do mundo todo a partir de sua mensagem.  

E ele nos alerta sobre o motivo dos desentendimentos e envolvimentos em conflitos, e que podem se generalizar: 

“Não é o medo que as pessoas têm umas das outras, mas o medo que elas têm de tudo”.  

 


E o de querer que todos sejam iguais a nós: 

“deixar as pessoas queridas serem perfeitamente elas mesmas e não as formatar para que sejam como nós, caso contrário, amamos apenas o reflexo de nós mesmos que encontramos nelas”. 
 
Thomas Merton, é o exemplo do caminho interior que temos que percorrer, ao mesmo tempo em que vivemos nas grandes ou pequenas cidades, no trabalho, sempre em contato com outras pessoas. E na base da sabedoria do deserto, nos diálogos com o silêncio, um novo homem-consciência – no equilíbrio do ser, da alma (onde a essência predominará e a rosa se abrirá). 

“E sei que, se agir assim, tu hás de me levar pelo caminho certo,  
embora eu possa nada saber sobre o mesmo. 
Portanto, hei de confiar sempre em ti,  
ainda que eu possa parecer estar perdido e sob a sombra da morte. 
Não hei de temer, pois tu sempre estás comigo,  
e nunca hás de deixar que eu enfrente meus perigos sozinho”.  

https://emergencemagazine.org/film/on-the-road-with-thomas-merton/

Viver o agora: branco?

A essência é a base da alma. Devido nosso contato com o mundo exterior desde o nascimento ou da gestação, a essência não se desenvolve plenamente e aos poucos é abafada. No processo espiritual todo o trabalho visa a prevalência da essência, caminho para o processo espiritual autêntico – vertical, não conceitual. Para realizar plenamente esse processo não pode existir pendência. 
Imaginemos uma prateleira com inúmeras gavetas. Em cada gaveta um problema, trauma, etc. Tudo que acontece de bom ou não, vai ficando em cada gaveta da prateleira (espaços conceituais na alma). A maioria das tensões são resolvidas com as experiências da vida, participação em grupo espiritual – essas gavetas ficam abertas irradiando luz-cor. 
O restante (passado ou atual) vai ficando nas gavetas fechadas, e em algum momento teremos que abri-las, uma oportunidade de compreender e aliviar a tensão. Só que não é fácil, por vezes pequenas pedrinhas nos atrapalham (nesse caso, indico a psicologia moderna-base reichiana). A cada gaveta aberta – e tensão eliminada – a essência vai tomando mais espaço na alma (espaço que foi tirado da essência em nossa criação e educação). 
Nessas gavetas estão acontecimentos do passado e o que se espera do futuro (amanhã faço isso, resolvo depois aquilo, desejo…). 


Quando nos dedicamos ao trabalho interior pensamos que o agora é só este momento, mas não – é a união de tudo, não pode haver pendência, não temos como separar tensões (ter gavetas fechadas), o agora engloba tudo, por isso, dizem que o passado, presente e futuro se alinham no agora. 
As gavetas fechadas são como as cores (pigmentos) – quando misturamos essas cores não temos na somatória a cor branca, mesmo tendo algumas gavetas abertas irradiando luz. 
Viver o momento presente, o agora, tem várias nuances. Não é possível viver o momento plenamente tendo gavetas fechadas. Normalmente, ignoramos as gavetas fechadas. Então vivenciamos momentos, sim, porém não alcançamos a cor branca, pois separamos as coisas não resolvidas.  
Somente quando tudo estiver desbloqueado, situações e problemas resolvidos – todas as gavetas abertas – vivenciaremos o agora plenamente.

CATECISMO DE LA QUÍMICA SUPERIOR -KARL VON ECKARTSHAUSEN

DE LA ADHESIÓN A LA LUZ  

PREGUNTA: ¿Cuál es el primer capítulo de la auténtica doctrina de la Luz? 

RESPUESTA: La adhesión a la Luz y su conocimiento, pues sin esta adhesión y este conocimiento es imposible hacer actuar una fuerza y realizar o consumar una cosa.

P: ¿En qué debe creer y a qué adherirse cada hijo de la Luz? 

R: En lo que los hombres de la Luz han enseñado en los 12 artículos de la comunidad auténtica de la Luz:

6) Se realzó hasta la perfección suprema, como fuerza de Luz brillante del fuego todo poderoso.

7) Y después de haber alcanzado esta perfección suprema, es capaz de dar vida a todo lo que está muerto, y de perfeccionar aquello que era imperfecto.

8) Creo en el espíritu de la Luz que emana del fuego y del calor, y lo conozco.

9) Me adhiero a la santa, universal y verdadera comunidad de la Luz, asociación y unión de aquellos que están capacitados para la Luz. 

10) Me adhiero a la abolición de las enfermedades y de la miseria. 

11) Creo en la renovación de nuestro ser. 

12) Creo en la felicidad suprema de la vida.

No próximo post as 6 primeiras.

Podemos ver a alma como a totalidade, cujo próprio tecido é a essência?

AHAlmaas:

“Podemos ver a essência como um potencial da alma, como seu potencial mais primordial; mas também podemos ver a alma como um dos aspectos da essência, como o aspecto da vida.

Podemos ver a essência como a base da alma, mas também podemos ver a alma como a totalidade cujo próprio tecido é a essência. Ambas as possibilidades surgem na experiência direta e em estágios avançados da jornada interior, a diferença entre as duas se dissolve gradualmente.

Neste ponto, experimentamos uma alma essencial, ou uma essência dinâmica, indicando uma coemergência completa e total de essência e alma, refletindo a não dualidade primordial da Realidade. A distinção entre essência e alma não é fácil de fazer, porque é uma diferenciação sutil. A principal dificuldade surge em confundir consciência com vida. Quando se experimenta a essência como uma presença consciente, geralmente não é fácil reconhecer que isso é diferente de estar vivo, pois não se diferencia a vida da consciência. Em nossa experiência normal, consciência e vivacidade são inseparáveis. Raramente, ou nunca, experimentamos um sem o outro. E quando experimentamos a consciência pura, não podemos diferenciá-la da vida, porque tendemos a acreditar que ser consciente é estar vivo. Mesmo pesquisadores interessados ​​em experiências de morte, ou experiências fora do corpo, tendem a não explorar a questão de se nessas condições a alma se sente viva ou apenas como consciente. Esses pesquisadores geralmente acreditam que a vida termina com a morte e que, embora algum tipo de consciência sobreviva à morte, não há curiosidade sobre se essa consciência estará se experienciando apenas como consciente, ou consciente e viva do jeito que é no corpo. A suposição implícita parece ser que a consciência continuará a estar imbuída da sensação de vivacidade, como na vida física, embora se acredite que a vida termina com a morte. O principal motivo dessa situação é que, embora todos conheçam a alma, embora não explicitamente, a experiência da essência é rara. Quando experimentamos a essência, sabemos o que é consciência pura, que está além da sensação de vivacidade, mais fundamental do que a vida. Compreender a propriedade da vida na alma aprofunda e expande nossa apreciação da vida por ela mesma. Começamos a reconhecer o valor intrínseco da vida, e especialmente o valor da vida humana, pois é a vida da alma humana, a alma com potencial infinito. Apreciar e amar a vida é inseparável de amar e valorizar a alma. Queremos que nossa vida seja plena porque é a plenitude de nossa alma que é nossa janela para o universo, nosso órgão de experiência. Não queremos apenas ser livres de alma humana, a alma com potencial infinito. Apreciar e amar a vida é inseparável de amar e valorizar a alma. Queremos que nossa vida seja plena porque é a plenitude de nossa alma que é nossa janela para o universo, nosso órgão de experiência. Não queremos apenas ser livres e desapegados; queremos ser livres e desapegados e, ao mesmo tempo, que nossa vida seja plena, rica e realizada. E porque entendemos que a consciência é mais fundamental do que a vida, percebemos que, para sermos livres, precisamos nos centrar na consciência pura. Amamos a consciência pura porque é nossa própria identidade, verdade e substância, mas também amamos nossa alma vivente porque ela é o que a completa. Ela é filha da consciência pura primordial, mas também de seu potencial infinito.”

Amizade não tem nada a ver com acordos ou desacordos

“Um verdadeiro amigo é firme quando é necessária firmeza, é amoroso quando o amor é necessário, é compreensivo quando é necessário compreender. Ele o ajuda a ver o que é necessário – força, apoio, clareza ou bondade e amor, e o ajuda a ver as partes de você mesmo de que precisa na situação. Um verdadeiro amigo é alguém com quem você poderia ficar feliz sendo a verdade sobre quem você é. Se você estiver sendo falso, o amigo apenas mostrará que você está sendo falso, não concorda ou discorda. Amizade não tem nada a ver com acordos ou desacordos. Amizade tem a ver com compreensão e verdade, alegria na verdade”.

A. H. Almaas, Diamond Heart Book Two, cap. 11

Tudo que vemos ao nosso redor está sendo criado neste instante

https://www.colab55.com/@drtanajura/tees/starts-now

Num caminho espiritual vamos com o passar do tempo se desligando do passado – veja bem: as coisas do passado voltam sempre mas já não recebem a importância de antes – e o futuro é algo que não existe e sendo sempre criado pela ligação ao passado. Renovação. E chegamos ao ponto em que percebemos que tudo é criado no instante, tudo é novo e sendo gerado por nós. Sua visão já não é mais a mesma, por enxergar mais profundamente ou melhor – finalmente enxergar e claro saber ouvir.

At this second where do you come from? You are creating the whole world?

Pode ser uma imagem de texto que diz "D THE DIAMOND APPROACH At this second where do you come from? Το see the answer is to know and participate in what creativity is, what creation is. This is the greatest creativity, the greatest art. A. H. Almaas, Diamond Heart Book Four"

Quando você faz parte do mundo, mas não está nele, a criatividade é tudo o que você percebe, tudo o que você vê. É como um sonho, pois quando você sonha, está criando o sonho. Você está criando o mundo inteiro. Tudo o que você vê ao seu redor está em processo de criatividade, está em processo de ser ou vir a ser: pura criação. Essa é realmente a situação objetiva – tudo o que você vê ao seu redor está sendo criado a cada segundo. Este mundo que você vê – todas essas pessoas, esta casa, o chão, a luz, as plantas – não são produtos do passado; eles estão sendo criados neste exato momento, constantemente, sempre sendo gerados. O mundo não é produto do passado e você não é produto do passado. Você pensa que está lá porque você nasceu e cresceu. Em certo sentido, isso é verdade; entretanto, neste exato momento de onde você vem? Você não veio do ventre de sua mãe neste momento. Então, neste segundo, de onde você vem? Ver a resposta é saber e participar do que é criatividade, do que é criação. Esta é a maior criatividade, a maior arte. – A. H. Almaas, Diamond Heart Book Four, cap. 9